O Natal dos Discípulos

Chegamos nos dias que antecedem o Natal.  Segundo alguns especialistas este será um natal magro, ou seja, de consumo mais comedido, presentes mais simples e mesa menos farta devido a crise que assola o País. Para muitos esses efeitos da crise significam um natal menos interessante, com menos brilho.  Em uma sociedade de consumo como a nossa, cujo ser social (existir) é majoritariamente reconhecido pela sua capacidade de consumo, a ausência do mesmo faz desta festa tão tradicional diminuir em importância.  A pergunta primordial é: O que acham disso os discípulos de Jesus?  Claro que, como seres que vivem em sociedade, também somos afetados pelas práticas natalinas de dar presentes e consumir, mas nosso Natal não será de forma alguma menos interessante do que foi e será nos próximos anos e a razão é muito simples: para os discípulos o Natal celebra o nascimento de Jesus e não a celebração do consumo.   O nascimento de Jesus é um marco histórico sem precedentes para nós.  O profeta Isaías, 700 anos antes de Cristo, já nos dava uma ideia daquele que iria chegar (Isaías 7.14):  Uma virgem, no caso Maria, conceberia e daria à luz um menino, cujo nome deveria ser Emanuel, ou seja, Deus conosco.  Jesus é, portanto, o símbolo da presença de Deus na história e particularmente em nós.  Não é a toa que o apóstolo Paulo vai declarar que “Ele é a imagem do Deus invisível” (Col. 1.15ª).

Foi e é através Dele que recebemos o perdão de nossos pecados e por consequência a vida eterna. Para os discípulos ser perdoado, ser reconciliado com Deus e ser justificado não pode de forma alguma ser comparado a qualquer objeto que possa ser dado de presente.  O Natal dos discípulos não é afetado pela crise, pois o seu valor é eterno e incalculável, não sujeito as demandas de mercado.  O Natal dos discípulos não é afetado pela crise, pois ao invés de ser tempo de pedir, como é comum na tradição social, entendemos que é tempo de expressar gratidão e exercer a generosidade, principalmente com aqueles que a própria sociedade faz questão de excluir.  O Natal dos discípulos não é afetado por crises, pois seu valor está em valores muito superiores: na família, nos amigos, nos irmãos e no próprio Jesus.  Celebre o Natal com muita alegria quer ganhe presentes ou não; quer tenha condições de dar um presente ou não;  quer tenha uma mesa farta ou não; quer esteja saudável ou não; quer esteja em boa companhia ou não;  quer esteja trabalhando ou não, pois para os discípulos, o Natal é Jesus e Ele é o suficiente para nós. Feliz Natal. Pr. Sergio Mota